De volta à vida do blog. Apesar das limitações físicas, vou escrever sobre um assunto que em muito me intriga: RFID.
Quem nunca ouviu a história de que, no supermercado do futuro, quando passar com o carrinho debaixo de um portal você vai ver em uma tela ao sair a totalização da sua compra, sem precisar tirar nenhum produto do carrinho? Pois é, é possível...tecnicamente.
A tecnologia de RFID tem sido muito comentada por um longo tempo, tanto pela mídia especializada quanto pelo mundo acadêmico e até mesmo grandes empresas interessadas nesta tecnologia. Muito citada como "tecnologia sucessora do código de barras", RFID da forma como foi concebido também não passa disso.
Apesar do grande investimento em pesquisa, principalmentes de grandes players do mercado como HP e 3M, o RFID na modalidade passiva, da maneira que conhecemos, possui sua tendência de evolução limitada à substituir os códigos de barras hoje existentes. Se o intuito é fazer alguma aplicação na qual este conceito não se aplique não está se tratando de RFID puramente simples.
Não estou dizendo que a tecnologia é ruim, pelo contrário. É possível encontrar hoje no mercado tags de diversos tipos, formatos, capacidade de processamento e até armazenamento. Estas tags tem a vantagem de poder armazenar dados, coisa que não é possível no código de barras (nem mesmo com banco de dados, justamente porque não é possível individualizar produtos com o mesmo código de barras).
Esta questão do armazenamento é bastante interessante. Não percebeu? Pois perceba: imagine uma linha de produção de um carro. No começo desta linha é colocada uma tag no veículo, indicando o início da produção. Quando termina o procesos de produção, a tag é gravada novamente quando o produto é enviado ao próximo setor depois do fim da linha. Observe que a tag possui, além de sua identificação normal, alguns dados que identificam como foi conduzido seu processo de produção.
Se a tag for fazer alguma coisa diferente de apenas identificação (ou armazenamento de eventos simples), a tecnologia começa a se aproximar da tendência de ser uma rede de sensores. Mas isto é assunto para um próximo post.
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