terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dell arrisca com smartphones


E o grande boato do mercado de smartphones se confirmou: a Dell está entrando na jogada. E com uma estratégia interessante: atender um grande mercado e somente ele.
Desde o ano passado surgem na imprensa especializada boatos de que a Dell estaria investindo na fabricação de um smartphone, para concorrer com Apple, RIM, Nokia, entre outros. Boatos estes que foram desmentidos por seus diretores na época.
Eis que surge a notícia que a Dell fechou uma parceria com a China Mobile, maior operadora celular do mundo, para construir um aparelho exclusivo para o mercado chinês. Uma estratégia interessante, uma vez que, apesar de estar tentando ingressar no maior mercado do mundo, fará com que a experiência sirva de base para que a empresa tenha uma cultura no desenvolvimento destes pequenos e inteligentes dispositivos. Isto porque é bastante complicado uma empresa atacar um ramo ao qual ela não está diretamente relacionada, e que possui players muito bem estabelecidos.
No entanto, outras fabricantes descobriram que, o que representa liquidez no setor de smartphones não são os salgados preços dos aparelhos, e sim a venda de aplicativos. Proporcionada por uma infra-estrutura propícia para o consumo, cresce cada vez mais a oferta de aplicativos para smartphones, como os que existem na Apple App Store.
A Dell tem então um longo caminho pela frente. Tudo parte de um bom projeto e uma boa estratégia de marketing (que parece já ter sido bem desenhada). Talvez a plataforma escolhida para o aparelho, Android, seja realmente a mais apropriada para esta empreitada, pois vem ao mercado com uma idéia de evolução contínua. A estratégia do produto, então, deve ser muito bem definida, para que a empresa não caia novamente na situação de fracassada em aventuras por outros mercados.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Internet


Vou dar uma pausa temporária sobre o assunto de redes sem fio. No entanto isto tem um motivo. Hoje vou falar um pouco sobre internet, e o motivo explicarei logo adiante.
Os últimos 10 anos foram caracterizados por uma evolução enorme deste grande recurso. Há alguns anos era inimaginável obter tanta informação em tão pouco tempo. No entanto hoje é muito difícil quem já utilizou-se de internet dispensá-la por qualquer motivo que seja, e preferir buscar algum assunto em uma enciclopédia como a Barsa.
Hoje, vindo para o trabalho, estava ouvindo CBN (costumo fazer isto nas manhãs, para me interar sobre alguns assuntos, especialmente política). Começou-se uma discussão sobre a Venezuela, que ontem proibiu o funcionamento de 32 rádios no país. Não se sabe, mas parece que é mais uma tacada de Hugo Chavez, apesar disto não estar bem claro.
Um dos participantes da discussão levantou uma questão interessante: uma das rádios proibidas de funcionar utilizando-se das ondas FM começou a veicular seu mesmo conteúdo pela internet. E levantou-se a questão: a internet é mesmo o meio mais democrático que existe? Depois disso, um outro participante disse que, se precisar bloquear a internet, a tecnologia o permite.
Ora, a internet é sim o meio mais democrático que existe. E, se usada com devida responsabilidade, pode ser uma ferramenta muito interessante política, comercial e jornalisticamente. O problema se caracteriza quando a mesma é utilizada levianamente, uma vez que quem a regula (no que diz respeito a conteúdo) são os próprios usuários.
Porém o que me chamou a atenção nesta discussão foi a questão de "bloquear" a internet. Digo a vocês, nobres leitores: a Internet é imbloqueável. Alguns dirão que a China bloqueia alguns sites, ou que até mesmo a Cicarelli conseguiu bloquear o YouTube por algumas horas. O fato é que, apesar disso, é possível acessar a qualquer momento qualquer site do mundo que esteja funcionando. Existem sim ferramentas que possibilitam o acesso à estes sites. E é simples comprovar isto: pergunte a algum administrador de rede de laboratório de informática se é perfeitamente possível bloquear a utilização de redes sociais, como orkut, facebook, entre outros (que são gastadores de banda, puramente)? Se ele for sincero, vai responder que não.
Um dos participantes desta conversa da CBN até citou exemplo que a tecnologia evolui de acordo com a necessidade. Citou o exemplo do navio com casco emborrachado que impossibilita as minas magnéticas de atacá-lo. O que ele não considerou com a internet é que ela não tem mais controle, ou ninguém possui um controle sobre ela. Seu núcleo é descentralizado; não se sabe o pacote de dados que chega ao seu computador vem da esquina ou do uzbequistão. E ferramentas para tornar o usuário cada vez menos dependente de sua localidade surgem a uma velocidade muito maior do que iniciativas de bloqueio ou não utilização de determinados sites ou serviços.
Enfim, o que eu quero dizer é que, se houver infra-estrutura para que a internet seja acessada, pode-se ir à qualquer lugar no mundo a qualquer hora. É um paradigma que deve ser encarado por todos estes governos ditatoriais, e dificilmente vai mudar daqui pra frente.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Redes sem fio

Quando se ouve falar em redes sem fio logo se pensa naquele símbolo. Sim, o que vem à cabeça é Wi-Fi. Conectar seu computador à internet nunca foi tão fácil quanto hoje. Shoppings, lanchonetes, cafeterias e aeroportos são dotados da gloriosa infra-estrutura sem fio para prover internet. Entretanto este post não é para falar sobre o Wi-Fi (dedicaremos um somente para esta tecnologia) e sim sobre redes sem fio.
Este conceito é definitivamente muito mais abrangente do que simplesmente rede de computadores com comunicação sem fio. Este conceito pode ser aplicado desde redes de TV até redes de comunicação por satélites. No entanto é mais comum se aplicar o conceito de redes sem fio para redes de dados.
Neste prisma podemos citar diversas tecnologias, diversas padronizações e diversos fabricantes. Podemos caracterizá-las por: Conceito (WPAN, WLAN, WMAN, WRAN, WWAN), Padronização (IEEE 802.11, IEEE 802.15.1, IEEE 802.16, entre outros) e Implementações (Bluetooth, Wi-Fi, WiMAX, entre outros).
Basicamente estas diferenças existem para atender à necessidades diferentes. As WPAN são de curto alcance; as WLAN (onde entra o Wi-Fi) são de médio alcance; WMAN (um exemplo é o WiMAX) são de alcance metropolitano, cerca de 5 km, e por aí vai. Pessoalmente não gosto de falar de alcance porque isso pode variar de acordo com diversos fatores, principalmente pela antena. No entanto são valores de referência, apenas para se ter uma idéia da ordem de grandeza.
No próximo post pretendo começar a explicar um pouco sobre aplicações de Redes sem Fio em geral. E elas podem variar, desde uma simples ligação celular até altas taxas de transferência de dados para um home theater, por exemplo.
Aguardem...